Bem,
dentre o tanto de besteira que é ensinado nas igrejas hoje em dia, está a
definição errada do termo “mundanismo”. É uma das coisas que me impressiona
assombrosamente o quanto que a ideia bíblica sobre este assunto foi distorcida
e minimizada a usos e costumes. É uma regressão teológica sem limites! (Sim,
haverá limite.) Se dermos uma caminhada nos discursos de Jesus no Sermão do
Monte (Evangelho Segundo Mateus, caps. 5 a 7) dirigidos contra o ensino dos líderes religiosos judeus,
veremos o quanto isso era tratado de forma minimalista na religiosidade judaica.
O simples cumprimento da Lei havia se tornado inútil ao resumir o
relacionamento do povo de Deus com seu Criador a “faça isso” ou “não faça isso”.
Cristo
veio revelar o coração de Deus aos judeus e aos gentios, mostrando Sua
verdadeira face, esta ofuscada através da história pelas vozes de líderes
aproveitadores – a gloriosa face do AMOR. Ele veio mostrar que Deus está atento
aos nossos corações, sondando-os e procurando por aqueles que o adoram em “espírito”
e em “verdade”, não em “atuação” e “fingimento”.
A
cortina se abriu e a loucura do Evangelho foi revelada: o Deus Criador abriu
mão do exercício pleno da divindade, se fazendo homem, capaz de sofrer (e não hesitou
em fazê-lo), se dando sem reservas, derramando Seu sangue para salvar e redimir
a humanidade culpada – POR AMOR. Cristo, o Único Filho (unigênito), feito o
Primeiro Filho (primogênito) de muitos que haveriam de vir para fazer a vontade
do Pai, estabelecendo Seu Reino, desfazendo ao reino satânico deste mundo.
O
preço pago por Jesus para estabelecer este Reino foi o mais alto possível, ao
ponto de leva-lo aos flagelos e à morte. É trágico não ver a mesma disposição
no coração daqueles que se dizem Seus seguidores.
Transformaram
o cristianismo em facilidade e bonança. Abusando da Palavra de Deus, criaram
para si um deus para fingirem que o adoram e o servirem com seus rituais e
manias.
Ouve-se
um discurso acerca do “Reino de Deus”, mas quê deus? Estou certo de que um
reino firmado em qualquer coisa que não seja o Amor, não é o Reino do Deus
revelado em Jesus Cristo, mas um reino construído por homens, cujo trono será
esquentado pela bunda do Diabo.
“...busquem
com dedicação os melhores dons. Passo agora a mostrar-lhes um caminho ainda
mais excelente. Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não
tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. Ainda que
eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e
tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei. Ainda
que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser
queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá.”
(1ª
Carta de Paulo aos Coríntios, final do cap. 12 e começo do cap. 13)
Ao fazermos isso, fazemos a Ele. Temos, portanto, nos “emprestado” a quem se “deu” gratuitamente.
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